CONSTRUÇÃO
Dos terrenos do areeiro à Sede da nossa Associação, no sopé de um morro, ex-líbris de um bairro, ele próprio promontório de onde se avistam as gentes do São João.
Foi daí dessas areias rubras, lavadas pelas chuvas que descem a Farrapa, que este nosso Bairro começou por brincar nos intervalos da sua própria construção, ainda nos anos setenta. Primeiro em estruturas improvisadas, depois já nos anos noventa à volta de um contentor, “Barraco” dos nossos eventos até 2013, ano em que iniciámos a construção desta nossa Sede com a implantação da primeira Pedra pela então Presidente da CMA Maria Emília, junto à qual nasceu uma estrutura resultado do trabalho e ambição desses moradores do São João, que perseguiram essa edificação durante quase 40 anos, e daqueles que depois os acompanharam cativados pelo seu espírito de bem receber e conviver.
Com a ambição deste Bairro, o resultado do esforço das Comissões e depois da Associação, não seria possível por si só chegarmos a esta Obra, assim foi com o apoio municipal que se reuniram as condições para em 3 anos concluir uma estrutura que entre os edifícios do tipo no Concelho, constitui um exemplo de arquitetura com o Cunho do Construtor Diamantino Alpalhão e do Arquiteto Hélder Amador.
Mas o ímpeto e a atitude estiveram nos empreendedores moradores deste Bairro conduzidos, primeiro por um dos últimos das Comissões, Francisco Barreiros e depois pelo também morador Vítor Claro. A força e perseverança destes dois homens e de muitos outros deste Bairro, constituíram condimentos que deram ímpeto à persecução desta Obra, à qual se juntaram muitos outros Sócios que os sentimos também como do São João.
INAUGURAÇÃO
Foi a 19 de novembro de 2016, um ano depois da conclusão da Obra, com atividades já a decorrer, que se reuniram as condições para a inauguração da Sede da nossa Associação. Assim, com a participação de todos quanto apoiaram esta construção e a preparação de todas as condições para o seu funcionamento, teve lugar este evento coberto de significado pelo culminar de 40 anos de luta.
Foi pela mão do Presidente da Camara Municipal de Almada de então, Dr. Joaquim Estêvão Miguel Judas, que foi descerrada a placa de inauguração que hoje figura na nossa fachada a Norte.
Este foi um dia que encerrou uma etapa, desde que o Bairro de São João começou a desenvolver-se em 1976, pela conclusão da nossa ambição que resultou da União de todos aqueles que:
Nas anteriores Comissões, desenvolveram o Bairro de São João e lutaram pela passagem dos terrenos para a Câmara;
- Como moradores do Bairro de S. João criaram a Associação;
- Como Sócios trabalharam nos eventos desde a criação da Associação;
- Como Sócios trabalharam nas obras da primeira “Sede” (contentor);
- Como Sócios trabalharam nas obras da nova Sede;
- Como membros dos Órgãos da Associação, atuais e anteriores, que sempre sacrificaram parte do seu tempo em prol da nobre causa do associativismo;
- Contribuíram com donativos para a construção da Sede;
- Na Câmara e na Junta acompanharam a Associação, disponibilizando a informação e decisão dos apoios que permitiram realizar o projeto;
- Em suma todos os que Unidos tornaram possível a ambição de uma Sede.
DOCUMENTAÇÃO ESTRUTURANTE DA ASSOCIAÇÃO
1a Reunião da Comissão das Águas
Jul 1976
Acta Renovação Comissões de Moradores
17 out 1981
Ata Extinção Comissão de Moradores
07 DEZ 2005
Publicação em DR
03 JUN 2005
Sessão Câmara
18 JAN 2006
A. DOCUMENTAÇÃO DAS ORIGENS DA ASSOCIAÇÃO
Reunião Comissão das águas em 1976 – A ata de uma das primeiras reuniões em 1976 em que alguns dos proprietários dos terrenos do Bairro, se juntaram para organizarem o pedido de urbanização à CMA, tratando-se assim das origens do nascimento do Bairro São João. Desta primeira Comissão, fizeram parte aqueles moradores que começaram por resolver a distribuição de águas. Este evento marca o início do nascimento der um Bairro.
Atas de 81 a 2005 – Marcam um período importante do desenvolvimento do Bairro em que as construções se foram sucedendo, junto com os arruamentos num processo longo de urbanização. Também os terrenos Sobrantes, em especial os do sopé do morro assistiram a esta urbanização sempre cobiçados, e entre litígios e contrapartidas, foram sempre do uso dos moradores para as suas brincadeiras dos Santos Populares, onde também chegou a estar previsto um parque para as crianças. Mas a sua indefinição manteve-se tardando a passagem para os domínios da CMA.
Publicação em DR de 3 junho 2005 – Nascimento da Associação com a Escritura de 5 de abril de 2005.
B. DOCUMENTAÇÃO DE CATIVAÇÃO DOS TERRENOS
Sessão CMA de 18 JAN de 2006 – Alocução em Sessão da CMA sobre a ambição de passar os terrenos do Areeiro para a CMA e depois para a guarda da Associação.
Alocução em Assembleia de 19 Mar de 2010 – alocução de socio em assembleia exortando ao apoio à Direção legitimando-a a participar nas despesas da legalização dos espaços sobrantes.
Comunicação da Escritura em 13 OUT 2010 – Comunicação da Sessão de CMA aos Sócios, em que ficou aprovada a cedência dos terrenos para a Associação por 50 anos para fins de sede, atividades recreativas e espaço verde. Traduziu o objetivo da luta de 34 anos pelos terrenos do areeiro, resultado do lema da nossa Associação “Justa Ambição Forte União”
Explicação dos símbolos da Associação
Distintivo – Bordadura de cabo náutico de amarração que termina na parte inferior com um nó firme do tipo escota representativo da união, ilustrado com figura natural central humana e animal do São João com a ovelha, padroeiro de Almada, que deu nome à Associação, adotado da designação do mesmo Bairro onde se insere, de onde são originários os primeiros Sócios que a criaram. À volta da Bordadura na parte exterior sobressai a nomenclatura da Associação, no interior a inscrição do lema “JUSTA AMBIÇÃO FORTE UNIÃO”.
Nó de Escota – nó que em marinharia serve para unir espias ou cabos de diferentes bitolas (espessuras).
Bandeira – Fundo de cores branca e laranja, simbolizando o branco a paz e a harmonia, e a cor laranja, a alegria, vitalidade, sucesso e prosperidade, representando o que se procura numa Associação que promove atividades para o bem-estar dos seus Sócios. Ao centro a imagem do São João com a bordadura conforme o distintivo, encimado pelo nome da Associação. Por baixo a flâmula com o lema da Associação, e no canto inferior esquerdo a data da fundação.
ORIGEM DO DISTINTIVO
Em 2005, após a criação da Associação, surgiu a necessidade de criar um símbolo que exprimisse o espírito de um grupo de pessoas do Bairro de São João que tinham por ambição criar uma “obra” para uso da população local, num espaço que era preciso garantir a sua cativação definitiva.
Assim, o lema que figura no distintivo, “JUSTA AMBIÇÃO FORTE UNIÃO”, surge então em torno da ambição de uns terrenos, onde hoje existe a nossa Sede, cuja ambição os moradores deste Bairro sempre acreditaram ser justa, nascendo de uma atitude espontânea de um conjunto de pessoas que queriam manter como público um espaço onde sempre se “brincou”, neste caso à guarda da Associação que formaram.
Naturalmente que a figura central deste distintivo como padroeiro de Almada e em homenagem ao Bairro que criou a Associação, e que ostenta o seu próprio nome, teria que ser o São João. Inicialmente adotou-se a mesma imagem que vinha dos galhardetes das anteriores comissões de moradores, respeitando a luta por estes terrenos que já vinha desde 1976, escolha de um dos moradores, Sócio nº1 Sr. António Martins, o qual numa altura em que urgia criar um símbolo, nomeadamente para acompanhar os jogos da Petanca, escolheu esta figura. O nó que no início da Associação se juntou também ao conceito surge no racional da “União” necessária à persecução de um mesmo objetivo, e também por este ser um Bairro onde muitos dos moradores estavam associados a profissões ligadas ao Mar, não só marinheiros, mas antigos operários de antigas empresas da indústria naval em Almada, que muito deram à nossa terra, sediadas na sua maior parte em Cacilhas e no Alfeite.
Este distintivo inicial embora seguisse um conceito consentâneo com a criação da Associação, com o espírito associativista e com as tais ambições, constitui-se como uma composição de símbolos juntos de uma forma apressada, um pouco desproporcional, carecendo de algum rigor gráfico, e cujo tipo de nó não representava bem aquele que em arte de marinheiro melhor simbolizaria a união – o nó de escota.
Durante a edificação da Sede entre 2013 e 2015, a Direção de então pediu ao primeiro Presidente da Direção da Associação, Sr. Francisco Barreiros, que pintasse em azulejo a composição do primeiro distintivo para figurar no exterior na fachada de entrada da Associação, aquele que hoje ali vemos como uma criação de um artista do nosso Bairro representando o primeiro símbolo usado pela Associação.
Nos 11 anos após a criação da Associação, sempre se identificou a necessidade de melhorar o distintivo, embora mantendo o mesmo conceito, com uma composição gráfica melhor estruturada e com o equilíbrio da parte escrita, da mesma forma tornava-se também necessário enquadrar o distintivo numa bandeira e escolher as suas cores de fundo, laranja e branco. Surge assim o novo distintivo em 2016, no mesmo ano da inauguração da Sede da Associação, resultante da ponderação e do trabalho do anterior grupo de Órgãos, mantendo o conceito, mudando a imagem do São João, por dificuldades em manter o pormenor da anterior, acrescentando uma cercadura em cabo náutico terminando na sua base com o nó de escota, e com o mesmo lema e identificação da Associação.
Lema esse que se mantém enquadrado com a Associação, embora agora o objetivo já não sejam os terrenos, mas sim manter a “União” pela ambição do bem-estar dos seus sócios.
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